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Pré-venda do Meu corpo ainda quente AUTOGRAFADO



Faz um tempo que eu ao invés de me perguntar “como estou me sentindo?” me pergunto “que história preciso contar?” Faz um tempo que vivo os atravessamentos do corpo como chamados para a criação - um movimento só de vida e escrita inspira expira que já vivia, mas que aprendi a enfrentar com radicalidade ao escrever esse livro. O Meu corpo ainda quente não aceitou os pedaços que eu tinha quando ele chegou. Se quiser me escrever, terá que ser inteira fúria e poesia, ele me disse, ele me ensinou a escrevê-lo, mas mais do que eu jamais poderia esperar de um livro, ele me ensinou o caminho de volta ao meu corpo, à minha fúria, à minha poesia.


Esse impulso interno com inteligência própria, esse bicho que viveu na base da minha espinha e que nesse texto vamos chamar de “romance”, encontrou suas próprias cúmplices em seu caminho de ser livro. Vou agradecê-las com a devida atenção. Vou contar mais sobre o processo, a chegada, sobre ter um bicho vivendo dentro da gente, outro bicho, assim como já contei da minha tentativa de dizer não, do desmoronamento, da força que essa ideia teve para nascer. Por agora, quero lembrar de quando trabalhava com a Simone e, no trânsito de São Paulo, conversávamos e eu disse que estava convivendo com a história dessa menina que vai morar em um canto do próprio corpo e a Simone me olhou como faísca - o que me acendeu um fogo.


Eu já tinha visto a Simone “enxergar” antes (estava lá quando ela viu pela primeira vez alguns de seus tesouros) - estou falando de artes mágicas aqui, de editar como poiese oracular. A Simone sempre teve esse dom de enxergar, que é um passo fundamental da escrita de poesia (com palavras ou com livros, como ela disse hoje). É de mãos dadas com a Simone que trago para vocês esse livro.


Pode parecer um link de pré-venda, mas é uma chave. Uma carta de tarot. Você diz sim e nos dá a mão e se torna parte. Ajuda esse bicho-livro a nascer. Vira cúmplice.


Beijos,




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