Sabe o que acontece quando a gente coloca uma ideia no papel e ela não fica tão boa quanto estava na nossa cabeça? A gente se liberta.
Isso mesmo. Se liberta.
Eu sei que você tem certeza de que não colocando a ideia no papel você a protege do mundo, das críticas, de tudo, só que você a protege inclusive do que ela precisa para brotar, crescer, dar frutos, percebe?
Vou te dar um exemplo. Sabe quando a gente é nova e, para nos protegerem da violência sexual (entre outras questões, estou simplificando aqui), nos ensinam que é perigoso ir atrás dos desejos do nosso corpo?
Num esforço de criar uma barreira para nos proteger das violências contra o nosso corpo, erguem em nós uma barreira contra o nosso corpo, entende? Isso se multiplica dentro da gente, vai fundo, a gente nem percebe e faz “o mesmo”: criamos barreiras para proteger nossas sementes, mas acabamos as “protegendo” de brotarem, de se tornarem plantas inteiras, vivas, selvagens.
A boa notícia é que por estarem tão próximas, quando cuidamos de uma dessas questões, cuidamos das duas. Em nenhuma delas acho que o caso é derrubar a barreira de uma vez, se expôr assim não é um luxo que podemos nos dar numa sociedade patriarcal, por isso eu nunca vou te dizer “anda, dá um jeito, se vira”. Eu sei que é muito mais complexo do que isso. Eu sei que seu corpo tem suas próprias histórias.
Mas confia em mim quando te digo: está na hora de olhar as suas barreiras internas, as que construíram em você e as que você mesma construiu. Está na hora de separar o que está ali para te proteger das violências e o que está ali para “te proteger” de viver a selvageria criativa, furiosa, inspirada, de que seu corpo é capaz.
Está na hora de pegar as sementes e a água que você anda derramando em fantasias perfeitas (do que você quer criar ou do que você quer ser), mas que nunca dão frutos e assim te fazem se sentir cada vez mais frustrada. Você já deve até ter pensado que criar não é para você, estou certa?
Te garanto: criar é para você, sim. Só que para criar, sua água precisa se derramar em uma terra fértil, entende? Você precisa aprender a levar sua água, seus sonhos e suas emoções, para o seu Corpo. O bom é que você pode fazer isso com a escrita e a criação – e eu vou te ensinar como na jornada CORPO, ORÁCULO DA CRIAÇÃO ❤️
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